segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quem dera...









Ah, alma, pode ser que você chegue às margens do pior
antes de ser libertada e, em uma síncope não voltes mais,
... Quem dera dominar o tempo e as estações!
contar meus dias, mudar de pele, dominar minhas emoções.

Quem dera poder voltar atrás, fazer outras escolhas, consertar
meus erros, eu escolheria não amar mais. Não é o amor que me
assusta e, sim, as conseqüências  do amar desesperadamente...
Um amor plenamente possível morre, inconseqüentemente.

Não posso dizer que haja chance, ou que a vida faz sentido,
pois o fardo do sofrimento parece uma pedra pendurada
em meu pescoço, é ela que faz o peso necessário para conservar
no fundo o meu querer...talvez assim nunca mais me faça sofrer. 

Na tempestade vi o quanto era frágil minha embarcação,
observei a Águia quando rasgava as alturas e não se inquietava
a respeito de atravessar o rio, enquanto que, o só  imaginar, dentro
de mim desfalece o coração... Esvazio-me nesta triste e fria canção.

Descubro que nada é em vão, mas que tudo é propicio a mim,
o sofrimento me põe à parte na vida como um decreto de morte,
ausente de tudo que me faz bem, abatida, me entrego resignada,
esperando as palavras certas para, enfim, ser libertada.

Repostagem
Peço desculpa aos amigos por não estar visitando, estou em outro Estado e a conexão daqui é muito dificil, assim que eu voltar, comentarei a todos com carinho.

11 comentários:

  1. Oi Silvinha, achei bem triste, mas ao mesmo tempo bem lindo. Pode ter certeza que as palavras certas chegarão. vc merece. Um grande bjo c carinho

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  2. Minha querida

    Um texto reflexivo...era bom podermos voltar atráz no tempo e sabendo o que sabemos hoje...mas é impossivel.

    deixo beijinhos ccom carinho
    Sonhadora

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  3. O alma presa, que procura liberdade, que em seu coração as estações do tempo só resta saudade.
    Rio do amor que corre para o mar, levando os desespero de amar.
    Palavras de de carinho e conforto encontrar, e perceba que amar é muito mais que sofrer e chorar...

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  4. Pela tristeza contida eu lamento, "o coração alegre aformoseia o rosto"
    por ser uma repostagem, acho que já passou.
    Mas na integra é uma perfeição poética.
    Sempre profunda e intensa, o que te faz única.
    Esta semana postarei Pedras diferentes.
    Até...

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  5. Silviah,
    Que desespero é esse? Um texto lindíssimo mas de uma profunda tristeza e desânimo. Não gosto de te ver (sentir) assim. Quero alegria mas nas dificuldades, nas adversidades. A Esperança cadê?
    Força amiga. Vamos lá elevar aos céus esse astral. Amar é preciso, sofrer é, apenas, um mau bocado, depois passa.
    Beijinhos.
    Caldeira

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  6. Lindo texto, vejo esperanças em cada "quem me dera". Cada tombo é também algo aprendido, nem que seja somente para escrever. Muito bom

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  7. Quando voltar, têm selos para este coração que ama!

    "Na tempestade vi o quanto era frágil minha embarcação "

    Mas,como por trás das nuvens - eis as estrelas! -, não é frágil este coração: sobreviveu e poderá falar sobre as constelações...

    "só quem tem coragem de se perder poderá saber se encontrar" Fênix

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  8. Amiga
    Tem Selinho do meu Blog.Ofereço com carinho,só copiar e colar em seu Blog.http://aprendacomanet.blogspot.com/

    Com carinho
    Ivete

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  9. "Na tempestade vi o quanto era frágil minha embarcação", mesmo frágil a embarcação tira forças para sobreviver a tempestade e assim maior é seu prêmio, a liberdade, tendo a liberdade fortalecida o amor chegará e livrará a embarcação da tristeza.Beijos.

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  10. Quanta nostálgia minha amiga. Tente pensar positivo, tente ver a magia de um novo amanhecer, tente libertar a sua alma de magoas e tristezas e olhe o futuro com esperança no coração.
    Tenha um maravilhoso fim de semana, pleno de alegria, paz e harmonia.
    Beijinhos
    Maria

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  11. Silviah! é um prazer estar aqui. Analisei o texto pela forma gostosa de colocar as palavras. Li no teu perfil, os interesses (Teologia) posso portanto dizer que além de bem escrito tem espiritualização no que narra e poetisa.

    abraços

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