terça-feira, 30 de novembro de 2010

Devaneios... Meus!



 











Tecendo palavras, na presunção de meus devaneios
Numa estação onde folhas cobrem o chão, demonstrando
Solidão... Um jardim (?) silencioso, misterioso atraiu
Os olhos meus, no lado esquerdo uma árvore,
Mostrando seus galhos, pois, suas folhas
Caídas dão esperança de um renascer, ou uma nova vida.
No fim uma casa onde habita meus pensamentos...
Escondida, entrelaçadas pelas árvores...
Como é bendita sua harmonia com os rumores meus!
Divagando nesta madrugada, em suas palavras...
Pude ver e sentir o frescor do sorriso teu.
...Mas, é apenas um desejo meu...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cheiro das águas

Diante deste mar, ao cheiro destas águas
Que nos separam, vertem palavras como numa nascente e,
Docemente as recebe e as devolve,
Faz-me pensar que vives assim, tão só como eu...
Eu voaria sobre estas águas por um fio de esperança que
Abrandasse o desassossego da minha mente...
Para que eu mesma entendesse,
O desfolhar desta árvore na trilha
Que se segue a minha frente...


terça-feira, 23 de novembro de 2010

A mensagem do Amor


Como é penetrante e eloqüente a mensagem do amor
O amor alcança exatamente o seu nobre desejo
Ele contém o poder de nos salvar da mais terrível dor
Frágil - morre numa lágrima, forte - renasce num beijo

Quando abro meu coração divago ao vento
Removo a montanha, esqueço as queixas
Meus sonhos entrelaçam aos meus pensamentos
E voam no sussurrar de desejados momentos

A mensagem do amor é pura e, puro seu intento
A poesia do amor soa aos ouvidos com respeito
O Poeta tem as palavras como pérola, ciente que,
Tem um frágil coração batendo em seu peito

Quem ainda não leu o que diz o amor aos quatros ventos?
Na sinfonia do amor estão as mais sublimes notas musicais
Que tocadas ao seu tempo abrandam os temporais
Frutífera, perpetua de inigualável valor, esta é a mensagem

“Não busquem seus próprios interesses”
Assim diz o amor.

domingo, 21 de novembro de 2010

Adeus!

Agora que a noite já se foi e o dia certamente não chegará
Depois de haver depositado tanto sacrificio no altar da liberdade
vejo que, o amor só descansa morto, vivo é um 'ser" em conflito
venho me despedir de tudo isso aqui, entregar meu espírito

Aurora, amiga que, precede o sol, não permita que eu o veja
a luz traz a tona aquilo que divide meu querer, deixa-me aqui
que, o vento espalhe meu sentimento. E minhas lágrimas
sejam misturadas ao orvalho e assim aniquile  este sofrimento

Cada ramo molhado que tocar seus pés lembrara-se de mim
verás eles molhados de minhas lágrimas, enquanto prostrada
lutava e, dava minha vida por ti, não tenho braços que
me acolham ao pé desta montanha, ficarei aqui...

Até que seja dissipada esta luz que insiste em me manter viva
chamando-me de volta, dizendo que vale a pena sair do esconderijo
que este vento leve esta ilusão e, me ofereça um eterno abrigo

Minha voz calou-se, sou uma ave caída num canto qualquer
venho hoje, outra vez, absorver nestes últimos instantes
o cheiro do vento... Perdi a motivação e agora a fé

Não pergunte por mim, não me procures, deixe-me seguir,
Não sei para onde vou, não tenho você, nada mais importa
Quando leres saiba, esta é da sua despedida a minha resposta
Adeus!


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ao seu dispor...



É madrugada, não consigo dormir, minha mente voa...
e nestas palavras, minha solidão se sente acompanhada, 
valorizo a efêmera alegria, meditando na tristeza deste dia,
na inconstância dos meus passos, sempre dispostos a errar.
Na sofreguidão com que busco decifrar-te... eu me torno sua vitima, dependente de suas palavras, de seu pensar, de seu mover.
Quando sentir que nada mais falta e, já a distância é ilusória, pode ser que, no desespero do meu ser, eu fuja dos seus braços, ou corra pra você...

01:27 - sábado.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Soneto do Amor que te prometo














Eu prometo amar-te com devoção
Doar amor à fragilidade do querer
Dar vida aos sonhos do seu coração
Ser a mulher que sempre desejou ter

Eu prometo proteger nosso enlace
Dizer não a tudo que possa te afligir
Nunca ser irreal ou usar um disfarce
Ser-te fiel enquanto este amor existir

Eu prometo dias de harmonia e beleza
Noites de amor, equilíbrio, felicidade
E todo dia há de ser extinta a saudade

Eu prometo uma eterna fidelidade
Eu prometo amar-te por eternidade
E serei teu amor e, a mais pura surpresa

domingo, 14 de novembro de 2010

Estigma


 














Construís-te sua casa na areia,
Serei a tempestade a jogá-la no chão,
Até que me libertes, pois não ando em nuvens,
Peço, tire sua vida de minhas mãos.

Não sou da vida o presente, pouco estimo o passado,
Num branco vazio da manhã, direi adeus a este mundo,
Desfaça dessa imagem que de mim tens criado,
Assim, seguirei meu próprio rumo.

Sou do mar a fúria, do vulcão as lavas,
Sou da moeda a outra face, procurando achar-me neste espaço,
Sou a carta na manga de quem ganhou
Do que perde sou a dor, não me verás em qualquer braço.

Olhei na água, vi meu reflexo,
Paradoxo do que sou,
Os olhos são as janelas da alma!
Abri os seus, ainda assim não sabe quem sou.

Diga meu amor que não consegue me ver quando me olha
Parece bom, me fiz enigma, me satisfaz,
Se for um jogo darei as cartas, se não for, perderá ainda mais!

Não sou a aura que vês, nem a calma que criaste,
Não sou o esteio, nem o principio, penso não poder sustentar-te,
Procura achar felicidade nisto, porque mais, não posso dar-te.





domingo, 7 de novembro de 2010

Sacrifício

















Altar! Onde deixo os meus mais puros sentimentos,
Lugar de descanso e quietudes, de onde verte águas
Que purificam meus pensamentos, um caminho a seguir,
Uma busca exaustiva por um único momento.

Levo-te ao cume da montanha para que saiba que existe um abismo,
Que faz separação entre pureza e impureza, santo e profano,
Que nos leva a conhecer todos os nossos limites e percebemos
Que o bem que pensamos ter não é nosso... Somos humanos.

Não há conquista onde não há coragem!
Para que ir ao templo se tudo já é puro?
Nossas vontades tomam o espaço de nossas necessidades,
Incoerentes decisões nos leva ao final do túnel.

A lágrima é o privilégio da dor, ao menos temos esse direito!
Pois na solidão forma-se um talento, a índole na convivência,
Para que compreenda o meu amor por você, na sua essência,
Olhe para baixo de onde estamos deste cume tão alto...

Veja se pode ousar ver a terra, se pode ao menos sentir seu cheiro,
Saiba se estivesse lá em baixo, onde estou neste momento,
E se pedisse “se joga em meus braços”, eu me lançaria por inteira.
E voaria rumo a este profundo abismo... Seu sentimento!

Levaria comigo meu templo, e no altar te purificaria a consciência,
Mesmo sabendo que tudo isso pode nunca ser verdadeiro,
Mesmo sabendo que perderia o direito e a inocência.

Deste cume e deste chão me rendo aos seus encantos,
Fecho ante a mim a porta do meu templo e no meu recôndito a selo,
Pela tua liberdade, fecho-me à vida e aprisiono meu canto.

Prostro-me, para confessar que te amo tanto e sem razão,
Incapaz... Num altar de dor que passa a ser só meu. Procuro absorver
Num sacrifício infindo este resto de vida que agora é seu.


Categoria - Poema-Imagem

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A poetisa Chorou...













Não houve sofrimento igual ao dela
Sob a luz da lua, debruçada na janela
Ela se lembrava ainda atordoada
De tudo, de como sua alma foi dilacerada

- A estrada por onde passavam....
As mãos dadas, o carinho...
O cantar dos pássaros..
O amor revelava-se pelo caminho.

Não havia maldade naquele amor
Cujo único algoz era o destino
Que insistia em lembrá-los do seu presente
O motivo que os faziam descontentes

Apesar... Sempre sorriam, trocavam afeto
Cartas docemente escritas eram trocadas
O amor era vivido intensamente e, entre
Amor e medo a poesia de suas vidas foi criada

O destino, ah! o destino silencioso e cruel
Jogou sobre eles o gelo guardado no tempo
Transparente, irremediável... Sabor do fel
Pondo um fim, no que seria a perfeita lua de mel

... Não houve sofrimento igual o dela
Hoje, sob a luz da lua, debruçada na janela
Tristemente dilacerada, sua queixa derramou
Sem mais palavras, pois todas são de dor...

Sozinha a poetisa chorou!