quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Vulto


Eu, que fui à vida uma sonhadora,
Desfiz meus Sonhos ao ver seus,
Olhos pairados em outro Mundo.


Eu que sufoquei minha solidão,
Sonhando preencher meus dias ao seu lado,
Vi seus pés galgando outra estrada,
Passo a passo até afastar-se completamente de mim,


Eu que tantas vezes tentei cruzar seu caminho,
Mas você sempre encontrou um atalho,
Para não encontrar-se comigo,
Para não sentir pesados os meus olhos em seus olhos,
Ou minhas mãos em suas mãos.


Eu que tentei ser alguém em sua vida,
Fui apenas uma sombra, um vulto na solidão,
Tu foste tudo para mim, e me fizeste nada para você.


Algum dia quando o sol brilhar mais forte em seu caminho,
O meu vulto se tornará real em sua frente,
E não haverá atalho para você.


Porque o meu caminho começará,
Aonde o seu terminar,
E então o vulto será você.

Solene Carvalho

3 comentários:

  1. Silviah, lindo seu poema e seu Blog. Obrigadão pela visita e te espero mais vezes...

    Bjs do ZC

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  2. Os sonhos podem ser apenas vultos na distância, mas vultos podem deixar de ser apenas vultos, assim como sonhos podem tornar-se realidade, não importa o tempo que passe, não importa tão longe pareça estar o horizonte, existe um arco-íris que poderá nos levar até esse horizonte e fazer do sonho uma realidade, basta não desistir, basta acreditar.Você sonhou um dia, acreditou, perseguiu e encontrou.Beijos

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