domingo, 17 de outubro de 2010

Deserto


O que é o deserto, se não tua ausência?
Caminhar, sem ter tuas mãos para me ajudar,
Dormir, sem ter teus conselhos pra me acalmar.

É ter água e não poder beber,
É ter pão e não poder comer,
O deserto nada mais é que viver sem você!

Não é mesmo natural!
Querer que o dia amanheça,
Antes mesmo que anoiteça,
Pela esperança de vê-lo chegar!

Caminho, caminho...
O tempo não passa!
E tudo vai perdendo a graça,
Neste longo caminhar.

Sua ausência escaldante,
Faz-me ver tua imagem,
Como a mais linda miragem,
E eu sem poder tocar.

Como pode o amor não poder amar?
Não é só de amar, que esse amor precisa!
No deserto, contenta-se de ouvir falar,
Refrigera-se só de lembrar, sacia-se de imaginar.

E neste deserto escaldante,
Tua falta alucinante,
Como um ébrio faz-me balançar,
Tão real essa miragem, que não quero acordar,

Teus braços um abrigo,
O oásis que preciso pra viver e descansar,
Mas tua presença é ausente,
E este meu coração insiste em delirar!

Silviah Carvalho


 

11 comentários:

  1. Nossa! Que lindoo!!!

    Tá de parabéns!!!
    Muito lindoo!!


    É muito ruim não ser correspondido no amor...

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  2. Como dizia o Chico: " só cantando pra ver se a gente espanta essa dor da ausência",que dói tanto. Lindo demais, Silviah! Abraços. Paz e bem.

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  3. Muito obrigado. Também gostei muito do teu blog. Estou a seguir e ofereço-te o meu selo oficial.
    Beijinho :)

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  4. Maravilho poema, teu blog é um charme encanta o leitor... estou a te seguir com maior prazer... sou do Universo paralelo em Versos.... abraços....não deixe de visitar rss.... beijos!

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  5. Tens sentimentos demais para ficar num deserto.
    Ao menos que este te ensine algo.
    De tudo que possa aprender,
    aprenda a recomeçar.
    beijos

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  6. Oii
    Adorei sua visita ao meu blog =)amei mais ainda a oportunidade de ler esse belo poema,esta muito lindoooo!só posso dizer que adorei e vou lhe seguir com um enorme prazer *_*
    Bjos querida e parabéns poeta.

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  7. benditos os momentos de tristeza, pois nos fazem desabafar tão lindamente :)

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  8. O deserto da alma perde o sentido quando a poesia grita a tristeza e expulsa os tormentos do coração.
    Uma beleza de poema minha amiga.
    Abraços*... e esperamos você na Casa da Poesia.

    Renato Baptista

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  9. Ter um amor ausente é viver num deserto, esperando sua chegada para saciar a sede de nosso coração em viver esse amor e realizar nossos sonhos.Lindo poema, beijos.

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