domingo, 14 de novembro de 2010

Estigma


 














Construís-te sua casa na areia,
Serei a tempestade a jogá-la no chão,
Até que me libertes, pois não ando em nuvens,
Peço, tire sua vida de minhas mãos.

Não sou da vida o presente, pouco estimo o passado,
Num branco vazio da manhã, direi adeus a este mundo,
Desfaça dessa imagem que de mim tens criado,
Assim, seguirei meu próprio rumo.

Sou do mar a fúria, do vulcão as lavas,
Sou da moeda a outra face, procurando achar-me neste espaço,
Sou a carta na manga de quem ganhou
Do que perde sou a dor, não me verás em qualquer braço.

Olhei na água, vi meu reflexo,
Paradoxo do que sou,
Os olhos são as janelas da alma!
Abri os seus, ainda assim não sabe quem sou.

Diga meu amor que não consegue me ver quando me olha
Parece bom, me fiz enigma, me satisfaz,
Se for um jogo darei as cartas, se não for, perderá ainda mais!

Não sou a aura que vês, nem a calma que criaste,
Não sou o esteio, nem o principio, penso não poder sustentar-te,
Procura achar felicidade nisto, porque mais, não posso dar-te.





14 comentários:

  1. oi amiga! que lindo esse poema, amei, bjus tere.

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  2. Muito lindo e forte esse poema, já o li outras vezes e jamais perde a força, a beleza e a originalidade.Beijos.

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  3. Silviah, me desculpa por favor, mas eu perdi-me, sem querer, do teu selo. Não sei onde está, não sei qual é. Agora me senti muito mal. Desculpa.
    Diz-me onde está que eu procurei até Setembro e não vi... :-(((

    Extraordinário poema, por ser belo e por dizer da verdade da maior parte de nós.
    Adorei Poetisa.
    Tenho apreciado também muito do teu trabalho no Arnoldo, vocês fazem uma excelente parceria.
    Parabéns e por favor , quero muito o teu selo.

    Beijos.

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  4. Silviah, eu bem que tento mas não consigo me livrar de pensar e sentir por associações de imagens, letras, coisas, ideias. Achei uma combinação perfeita este seu belo poema com esta canção.

    "Não tenho nada com isso nem vem falar
    Eu consigo entender sua lógica
    Minha palavra cantada pode espantar
    E a seus ouvidos parecer exótica
    Mas acontece que não posso me deixar
    Levar por um papo que já não deu, não deu
    Acho que nada restou pra guardar ou lembrar
    Do muito ou pouco que ouve entre você e eu
    Nem uma força virá me fazer calar
    Faço no tempo soar minha sílaba
    Canto somente o que se pede pra se cantar
    Sou o que soa eu não douro pílula
    Tudo o que eu quero é um arcode perfeito maior
    Com todo mundo podendo brilhar num cântico
    Canto somente o que não pode mais se calar
    Noutras palavras sou muito romântico"

    Abraços. Paz e bem.

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  5. Querida Silviah!
    Lindo seu poema, cheio de imagens fortes... de paradoxos e antagonismos, que é o que move a vida...

    Linda, tem um selo lilás de borboleta lá no meu blog... é o selo oficial do blog, se quiser, pode pegá-lo, tá? Fica na barra lateral!

    Beijos carinhosos!

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  6. Silviah,
    Um poema para ler, reler e meditar. Não somos nada na vida. Hoje estamos cheios de vigor e amanhã desaprecemos, como por magia. Não somos da Terra mas pertecemos ao Céu.
    Importa que a nossa passagem por aqui seja digna e mereça um lugar melhor para viver a eternidade.
    Parabéns. Obrigado pelo selo. Beijinhos.
    Caldeira

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  7. Silviah, ler o que escreve é mergulhar em profunda sensibilidade e darmo-nos conta das pequenas grandes fragilidades de que somos formados...
    Gostei muito de ler!
    (Levei o selo e já o coloquei no meu blog. Obrigado!)

    beijo :)

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  8. Linda poesia Silviah... Parabéns!!
    Bjos,
    *Simone*

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  9. Não há mesmo sorte que nos leve ao sucesso, nem ao grande amor. Você escreve de forma envolvente, direta e sutil.
    Muito Bom!

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  10. eu estou no poema de certa forma... sou o espelho da natureza. Teu poema é completo. Muito bem elaborado o que torna excelente e da minha parte saio do seu blog mais completo... parabéns por proporcionar momentos assim sublimes e de todos os sentidos a flor da pele.Poesia.

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  11. Vim agradecer tua visita e me deparei com este Estigma forte e instigante, bom de ler e de pensar. Sem duvida volto para ler mais, e sigo-te. Um beijo.

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  12. Querida!
    Já coloquei seu selinho lá no meu blog, adorei!
    muito obrigada.
    Mandei um email pra vc explicando como faz pro meu selo ficar brilhando. rs

    Bjo grande!

    Álly

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  13. Belíssimo, querida, vc é demais, bela poeta.
    Tem um selinho natalino pra vc no meu blog, a regra é simples: deixa um recadinho. Bjoss!!!

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