domingo, 21 de novembro de 2010

Adeus!

Agora que a noite já se foi e o dia certamente não chegará
Depois de haver depositado tanto sacrificio no altar da liberdade
vejo que, o amor só descansa morto, vivo é um 'ser" em conflito
venho me despedir de tudo isso aqui, entregar meu espírito

Aurora, amiga que, precede o sol, não permita que eu o veja
a luz traz a tona aquilo que divide meu querer, deixa-me aqui
que, o vento espalhe meu sentimento. E minhas lágrimas
sejam misturadas ao orvalho e assim aniquile  este sofrimento

Cada ramo molhado que tocar seus pés lembrara-se de mim
verás eles molhados de minhas lágrimas, enquanto prostrada
lutava e, dava minha vida por ti, não tenho braços que
me acolham ao pé desta montanha, ficarei aqui...

Até que seja dissipada esta luz que insiste em me manter viva
chamando-me de volta, dizendo que vale a pena sair do esconderijo
que este vento leve esta ilusão e, me ofereça um eterno abrigo

Minha voz calou-se, sou uma ave caída num canto qualquer
venho hoje, outra vez, absorver nestes últimos instantes
o cheiro do vento... Perdi a motivação e agora a fé

Não pergunte por mim, não me procures, deixe-me seguir,
Não sei para onde vou, não tenho você, nada mais importa
Quando leres saiba, esta é da sua despedida a minha resposta
Adeus!


13 comentários:

  1. Tão lindo e tão triste Silviah, que ninguém merece assim de nós tal aniquilamento, posto que o amor é feito para enfeitar, para brilhar, para iluminar nossas vidas. E se alguém assim se vai, tenho pra mim, que é porque novas pessoas chegam até nós, nas estranhas estações da vida, nessa viagem terrena, tão passageira e tão plena. Eu te desejo plenitude de amor e alegria. Beijos

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  2. Muito bonito, triste, reflexivo... parabéns Silviah, seus poemas sempre tão fortes, expressivos e cheios de uma realidade que ás vezes dói demais. Parabéns mais uma vez pela bela sensibilidade em cada verso!!!

    Um beijo,
    *Simone*

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  3. Lindo e carregado de tristeza.
    Não diga adeus dessa maneira.
    Haverá sempre outras chances.
    Boa semana.
    Beijos

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  4. Que lindo, e triste tbm! Com intensidade leio este post e reflito incansavelmente sobre o que acabo de ler. Me impressionas tanto sabia? Como alguém pode escrever algo tão perfeito e tão intenso deste jeito?

    Adorei!

    Bjinhos

    Nina

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  5. Muito triste e intenso seu poema, você dá vida a poesia que nasce de sua inspiração. Gosto demais de ler você, beijos.

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  6. Não pergunte por mim, não me procures, deixe-me seguir,
    Não sei para onde vou, não tenho você, nada mais importa
    Quando leres saiba, esta é da sua despedida a minha resposta
    Adeus!


    LINDO POEMA , AMIGA, BJUS TERE.

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  7. Olá querida amiga,
    lindo poema, mas de uma tristeza
    que senti a dor na alma..
    Parabéns, seu trabalho nos emociona, toca nossos sentimentos.
    Escreve com o coração, lindo demais.
    Muito obrigada Silviah, pelo carinho de sua visita, fiquei muito feliz.

    Gratidão.

    Marion

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  8. Silviah, parabéns pelo poema. Tão intenso e triste. Quantos vezes queremos escrever sobre um amor feliz e eterno,mas nem sempre é isso que acontece. Voltarei mais vezes!Bjs de luz.

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  9. Linda Silviah, sua palavras mostram que as coisas são boas enquanto duram... e, qd acaba, não há nada perdido... apenas temos abertura para novas experiÊncias...
    Bjos d'Álly

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  10. Adeus é algo trágico, a ultima linha ultimo suspiro tenho certeza de quem é o endereçado está agora com o coração na mão diante de uma morte. Ao ler eu senti uma tremenda dor por ter revivido semelhante sentimento tanto do teu lado como o do outro lado. Uma dor a dois, separação experimenta o sabor na solidão do quarto. E talvez tenha sido o momento certo de tudo acontecer para num novo dia celebrar ao dizer fiz o meu melhor.

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  11. Olá, minha linda, que poema intenso!!!! Lindo como todos seus que já li. Vc é uma grande poeta.
    Obrigada pela visita e pelo carinho.
    Bjoss!!!

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  12. Entre um amor 'morto', quietinho no seu canto, que não incomoda nem machuca ninguém (muito menos a mim); e um amor 'vivo', que vive me aperreando, e que me leva ao cansaço; fico com o amor..., nem vivo, nem morto, com que me presenteias.

    Poemas são poemas, dores de coração (ou alma, como preferir) são dores de coração...

    'Derrepentemente', os dois acontecem... Faz parte da vida, da nossa vida.

    Abrçs.

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  13. O adeus, muitas vezes é nescessário. Para no mínimo acalmar o amor dentro de nós. Mas, só as vezes. Lindo poema de alma. Aplausos mil nobre poetisa!

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