quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ao Fluffy (falecido hoje, 7 de maio de 2010) José Feldman



Meu amigo!
Você se vai e
nem bem nos despedimos
eu já sinto saudades de você,
Dez anos juntos,
e preenchestes
um espaço em meu coração.
Hoje destes seu ultimo suspiro
e sinto meu coração se desmanchando
A sua amizade incondicional
que sempre me devotou
E que eu só muito tarde
aprendi a retribuir.
Tantas vezes ralhei contigo
e alterei a voz
mas mesmo assim
tinhas sempre um olhar
amigo e de gratidão.
A sua voz era uma alegria
e hoje, só consigo ouvir o silencio.
Nunca tinha percebido que a noite
é tão escura
e tão quieta
e tão triste.
Quando destes seu último suspiro
é que percebi o que você é:
Um novo amanhecer!
Vencestes bravamente a parvovirose,
Sofrestes nestas últimas semanas
mas eras um guerreiro,
e mesmo a morte lhe levando,
és o grande vencedor.
Para mim é e sempre será
Eterno e imortal, meu amigo.
E, além de meu amor por você,
só me resta pedir seu perdão
por ser “tão” humano,
e do fundo de meu coração
“muito obrigado pela sua amizade”.



6 comentários:

  1. Muito bom, poucos se lembram dos animais, poema grato, a gratidão humana reconhecida.

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  2. Silviah
    Agradeço a postagem deste meu amigo incondicional que lutou bravamente cuja partida deixa um buraco dentro de meu coração. Nestas horas que sentimos o quão somos impotentes diante das vicissitudes da vida, e apesar de todo nosso conhecimento, somos apenas um grão de areia em meio a este deserto imenso que é a vida. Felizes aqueles grãos que podem sentir o frescor das águas de um oásis.
    Obrigado pelo seu carinho. Ocupas um lugar muito muito muito especial aqui em meu coração, como diria Milton Nascimento, guardado a sete chaves.
    Beijos

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  3. Uma linda mas triste homenagem!
    A amizade verdadeira transcende de certo toda e qualquer razão de humanidade!

    Beijos

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  4. Que poema lindo! se sabes ser tão amável com os animais como deve ser então com os humanos?
    Que grade de escritores tem este blog!!!!!!!!

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  5. Meu amigo, esse cão deve ter sido muito especial, pra merecer um poema tão bonito, num blog mais bonito ainda.

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  6. Tem um pensamento, que na verdade não sei se foi a Silviah quem fez que diz assim: "Se os animais falassem, diriam se certos vicios: isso é de humano. Com o mesmo tom desprezível que o humano diz: Isto é de animal" lembrei porque você deu o valor merecido a este animal.
    É maravilhoso isto.

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