sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Como se fosse a última vez




Já era dia
Desejei tanto que fosse noite,
...E aquela noite parecia dia!
Aqueles dias infindáveis de tão grande harmonia.

Eu te amei de uma forma tamanha, estranha,
Que toda noite era dia, e o dia se aproximava,
E eu nem percebia! Queria velar teu sono,
Tocar seu rosto enquanto dormia.

Dizer-te baixinho eu amo você!
Fica mais um dia, mas se te acordasse,
Eu não me perdoaria, estava tão lindo!
Seus olhos fechados, sua boca entreaberta.

Pedia-me um beijo, eu não resistia...
Amei-te, como quem ama pela última vez.
Senti seu coração bater, Como se fossem as últimas batidas,
Senti seu calor como se fosse sentir frio o resto da vida.

E já era noite, a lua desejava ver-te,
Encantá-lo com sua beleza, talvez.
Roubá-lo de mim outra vez.

Mas um tão grande egoísmo em mim se fez,
Fechei a janela, queria tê-lo só para mim dessa vez.
E desejar que fosse dia, mesmo sendo noite.

...Como se fosse a última noite, a última vez!





Silviah Carvalho
 

3 comentários:

  1. Muito lindo seu poema, você tem um jeito todo particular de escrever, parabéns pelo talento e inspiração, gosto demais de ler você, beijos.

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  2. Nunca haverá uma "ultima vez" para quem vive do amor...

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