terça-feira, 31 de agosto de 2010

Hoje...

Estremeço ante ao vento sibilante do amor
Fujo de sua força, do seu poder,
O amor é entrega despercebida da alma
Passamos a viver a vida de outro ser

Hoje contenho meus sentimentos
Cansei de me ver sofrer
Abri no peito um esconderijo
Onde me escondo quando quero me perder

Hoje meu coração se contenta com o silêncio, é ausente.
Vez ou outra quer voar, não permito
Ele fica descontente...
Tudo é tão efêmero aqui dentro da minha mente

Hoje calei minha voz, ouço o vento, que nada diz
Apenas ecos de momentos vãos
Que nada importam, são lembranças do que não fiz
...Aquieto-me no consciente segredar do meu coração


Silviah Carvalho

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tudo por você

Já vi milagres acontecerem,
Desejos concretizados,
Já vi corações partidos,
De amores despedaçados.


Sonhos ressuscitados,
Amizades reconstruídas,
Mas nunca vi tanta mudança,
Desde que chegaste a minha vida.


Passas em meio ao meu coração,
Dominando minhas forças,
E não consigo me mover,
Como se minha vida esperasse por você.


Nascem flores onde passas em mim,
Nunca vi milagre assim...
Eu que tinha o sonho perdido no tempo,
E um coração vazio em mim.


Vejo-me agora a sonhar com você,
Esperar pelo momento de te ter,
A viver de você - tudo por você...


Me perguntas: Com o que te conquistei?
Eu, já não cria no amor! E agora vivo de amar-te!
Com as cordas do amor eterno me conquistastes,


Peço-te, não desate as cordas do amor,
Não tente compreende-las, nem discerni-las,
Deixa-me amá-lo, assim como amo!


Pois de qualquer forma amar-te-ia,
Mesmo se não visse seu rosto e não ouvisse sua voz,
...mesmo, se apenas lesse sua poesia.


Mesmo se no tempo não houvesse mais tempo,
E minha esperança houvera de novo perdida,
Amar-te ia mesmo assim... Por toda minha vida.


Silviah Carvalho




domingo, 22 de agosto de 2010

Presente do Dr. José Feldman - Presidente da Academia de Letras do Brasil no Paraná

Agradeço a Deus por este presente, fruto de oração e fé, só Ele sabe o quanto significa pra mim.
Agradeço ao Dr. José Feldman, pelo apoio e confiança, pela amizade e carinho.
que só tem me feito bem.
Obrigada.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Amor e Amizade (Arnoldo Pimentel e Silviah Carvalho)

Ofereço este selo de presente aos blogs abaixo
1-palavraemvao.blogspot.com   
2-brumatrais.blogspot.com        
3-ciaatempora.blogspot.com      
4-zecarlosmanzano.blogspot.com
5-profundopensar.blogspot.com  
6-preciosamaria.blogspot.com     
7-simonepoesias.blogspot.com     
    8-carinabrattsecretaria.blogspot.com
   9-singrandohorizontes.blogspot.com

Regras
1-Ler e comentar a poesia (Peço porque sempre ficamos felizes
em receber o selo de presente, mas nesse momento esquecemos
a poesia, razão do blog existir)                                                   
2-Colocar a imagem do selo                                                       
3-Escrever o link de quem recebeu o selo                                   
4-Presentear 10 blogs                                                                 
5-Escrever o link dos 10 blogs presenteados                               

             A brisa toca a noite com seu silêncio
               Pareço sentir o aroma leve do vento a tocar em ti
Que me leva a quimeras de momentos
Recordações criadas por mim



*Se eu contasse quantos castelos de areia desfiz
E quantos que com minhas próprias mãos construí
Desfaria amizades, inutilizaria lembranças,
Mataria esperanças das muitas promessas que ouvi



Imagino seu sorriso, seus cabelos soltos ao ar
Seus olhos a me fitar. Sinto-me feliz só em pensar
Vivo tardes de lembranças que me nutrem de esperança
De talvez um dia... Quem sabe um dia te encontrar



*Esperança, palavra por mim desconhecida
Quase perdi a vida tentando a encontrar
Porem, não me dou por vencida e prefiro esperar
Esse amor tão falado, do qual vivo a me esquivar



Você me perguntou o que eu faria se gostasse de alguém
Respondi que ficaria sempre perto dela, a tratando bem
Com amor, amizade, carinho, lhe suprindo as vontades
Para que nada desejasse d mais ninguém



Sei, não posso pôr sentimento em seu coração
Mas posso ser seu amigo, mais ainda que um irmão
... Quem sabe assim ela me notasse
Quem sabe assim você me amasse...



*O amor necessita de alimento
Torna-se um tormento se não se saciar
Vem o sofrer, a carência, a saudade
A amizade já é um amor... Com outras finalidades.





segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sou o que sou (Hamilton Kubo)


Vezes, estou tão longe que não podeis notar 
Vezes tão próximo que não podeis ignorar 
Sou sentimento constante a percorrer o mundo 
Sou sentido exaltado e vezes sentimento profundo
   
Das vertentes da vida me faço dramaturgo 
A dramaturgia latente que traz em vida todo um mundo 
Mas posso ser romancista a exaltar o romance 
Preciso tão somente da rosa e em mente belo semblante

Das rimas escolhidas faço poesia à preferida 
Dona de sorriso cintilante que nos alegra a vida 
De olhos bem abertos, brilhantes como o diamante 
Pois nenhuma admiração nasce para durar um instante
    
Dos amores passados, esquecidos e abandonados 
Faço a triste rima de lágrimas em estado elevado 
Das lamúrias que se abrigam numa vida 
Faz-se também a poesia das brumas que cobrem a lida

Dentre tantas facetas que pode-se ter 
Prefiro e escolho ser esta que acabei de vos dizer 
O amor enaltecido que na poesia encontra abrigo 
Ou a lamúria que tristemente traz o amor esquecido
   
Sou enfim este que vos escreve,  feito, moldado e criado dos sentidos.

sábado, 14 de agosto de 2010

Esse amor...




Se soubesses o quanto te amo
Se soubesses ao menos o que é o amor
Me diria "Adeus" de bom grado
já que, não sabes devolver o que te dou


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Como se fosse a última vez




Já era dia
Desejei tanto que fosse noite,
...E aquela noite parecia dia!
Aqueles dias infindáveis de tão grande harmonia.

Eu te amei de uma forma tamanha, estranha,
Que toda noite era dia, e o dia se aproximava,
E eu nem percebia! Queria velar teu sono,
Tocar seu rosto enquanto dormia.

Dizer-te baixinho eu amo você!
Fica mais um dia, mas se te acordasse,
Eu não me perdoaria, estava tão lindo!
Seus olhos fechados, sua boca entreaberta.

Pedia-me um beijo, eu não resistia...
Amei-te, como quem ama pela última vez.
Senti seu coração bater, Como se fossem as últimas batidas,
Senti seu calor como se fosse sentir frio o resto da vida.

E já era noite, a lua desejava ver-te,
Encantá-lo com sua beleza, talvez.
Roubá-lo de mim outra vez.

Mas um tão grande egoísmo em mim se fez,
Fechei a janela, queria tê-lo só para mim dessa vez.
E desejar que fosse dia, mesmo sendo noite.

...Como se fosse a última noite, a última vez!





Silviah Carvalho
 

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tempo


O tempo já passou,
a esperança, ele a levou.
o frio chega de repente, 
congela a alma da gente,
que precisa de amor.





E já é noite aqui dentro,
Nada mais podem tirar de mim,
Minha fé é o bem que me resta!
Por ela cheguei até aqui.

Mas o que dizer,
Da vida que pouco vivi? 


Nada mais podem tirar de mim,
Nada mais, pois o tempo já tirou,
Lembranças, sentimentos,
O que são diante do tempo?

O Tempo
Que não devolve nada que perdemos!
E se ganhamos faz pensar que não tivemos.

Tempo
Que vence nossas guerras,
Tempo que vence a vida!
Quando já a tenho por perdida,
Na ausência do amor.

Não amei do amor nada sei,
O que fiz então da vida?
Meu Deus! Não vivi,
Sem tempo passei por aqui.

Silviah Carvalho

Presente Para o Blog: Meu Universo

http://salvai-vosdestageracaoperversa.blogspot.com/

Regra: distribuir à 5 blogs de sua prefência


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Perdão (Aparecido Raimundo de Souza e Silviah Carvalho)


É como se fosse um poço profundo
é como  se a questão maior do mundo
fosse apenas o fim do poço



No poço sem fundo, um mundo sem poço 
um sem fim de mundo mas tudo é simples...
só o fim do mundo no fundo do poço,
tudo faz parte da vida do sofrimento

   
Até a alegria o espaço finito
entre dois sentimentos
é o burburinho misterioso
de todos os outros momentos

E todos os momentos
também passam e tem fim
infinita é apenas a eternidade

Mas inexorável é a vida
posto que tudo voa de repente
alucinadamente, irrevogavelmente
mas eu te perdôo

“Eu também te perdôo
por que fostes embora
deixando este vazio em mim
saiu pelo mundo a fora”

Eu te perdôo
por teres me dado a vida
me teres feito frágil e covarde

eu te perdôo
por teres mostrado a mim
apenas coisas da natureza
e no misterioso universo
te escondeu de mim

É pouco...? Mas eu te perdôo

Por teres me feito guloso e insaciável
por viveres tão oculta
e não me teres revelado tantos
segredos que quero desvendar

Mas eu te perdôo
sobretudo e principalmente
por me teres deixado
te amar

“Palavras que me dão liberdade
eu,
você
e nunca nós e,  eu também te perdôo
por ter me feito acreditar
na felicidade, na existência do amor

E agora não creio mais
todas as possibilidades você me tirou
mas eu também te perdôo”

Então moça...
canta vitória
com riso chorado
e mata a vitima de amor

“Quem é a vitima?”

Eu...

“Se falasse comigo agora
não saberia quem sou
posto que de tanto amor por ti
minha vida evaporou”

Por isso moço...
meu coração te perdoou.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Apenas você (fidelidade)


Como um buquê de flores ao pé da porta
Aumenta a minha esperança,
Uma palavra de amor que me diz “penso em você”
Leva-me a ver que ainda me tens na lembrança.

Ainda me iludo com palavras de amor, gestos de carinho,
Com perfume num lencinho ou apenas um bilhetinho,
Faz minha mente voar, levando-me aos recônditos do amor,
Onde sua presença é certa de encontrar.

Ainda acredito no amor confesso no altar,
Onde nem a morte nem vida podem nos separar,
Ainda vejo nos olhos de quem ama um brilho a incendiar,
A ansiedade de ver realizado, seu desejo de amar.

Amo-te tanto que chego a pensar ter a vida dividida...
Não sei se sou todo amor ou se o amor tomou toda minha vida,
Mergulho em sua pele, num gesto louco de quem tem sede,
Faço-me a te amar, e deixo que me leves ao teu infinito...

Aonde quiseres levar, neste teu além, tão perfeito e tão bonito!
De onde não quero voltar, tira-me dessa longa inocência,
Desvenda teus mistérios em mim, e faz-me conhecida de ti,
Nos teus braços faça-me perder o recato.

Que eu viva de viver o teu amor somente,
E de ninguém mais__ nunca mais, eternamente,
Quero ter de ti tudo que quiseres me dar, tudo que puder ter,
...Depois de ti, de nenhum outro irei ser.

Por isso peço-te, meu amado!
Se acaso eu dormir  em teus braços não me acorde,
Se vires que estou acordada não me deixe dormir.

Deixe que te sinta nem que, por apenas um momento,
E viva de ti, eternamente, em meu pensamento...

Silviah Carvalho

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Volta pra mim...


Ainda que eu desistisse de tudo e passasse a crer
No quão é maduro resistir às paixões da carne
O quanto é precioso sorrir quando a alma sangra
Eu morreria se preciso pela esperança de te ter

Se eu tivesse uma palavra sua que alimentasse este amor,
Eu viveria por ela, assim como tenho morrido à falta dela
Sua ausência corta minha carne sinto as dores da lapidação
Corto-te do meu exterior, e sem notar, te lanço no meu coração

Sem direito a uma chance, atrelada ao meu fim,
Caminho a passos largos sem mérito, sem sorte,
Sinto-me a personagem, a mocinha de uma historia ruim
Que sacrifica seus sonhos no caminho que a conduz a morte

Meu coração repulsa outro amor e sofre sozinho
Embora transborde em sentimentos por você
Sabe que é inútil sonhar e desejar seu carinho
A chance me foi negada e eu, á quero esquecer

Como pode alguém sentir-se feliz longe de quem ama
Confesso esta força, eu não tenho, por você enfraqueci
Irrequieto coração tornou-se uma solicitude sem fim
Peço, dá-me uma chance, volta... Volta pra mim 






Silviah Carvalho



45 (Arnoldo Pimentel)




No dia 06 de agosto de 1945 foi lançanda a bomba atômica na cidade japonesa de Hiroshima, esse foi um dos dias mais tristes da história da humanidade, então
hoje é um dia que deveríamos refletir sobre a paz e o amor.

45 (Arnoldo Pimentel)

O espelho refletia
A imagem da minha esperança
Penteando os cabelos
No sonho de criança
Era hora da escola
Não do cogumelo que esfola

Estava juntando as coisas
Que deveria fazer
Durante o dia
Se houvesse dia
Se houvesse luz
Se houvesse alegria

Minhas sombras
Não são meus olhos
Minha pele
Não sentiu mais o sabor do sol
Não tenho jardim
Nem girassol

Talvez eu conseguisse
Voltar outra vez
Sob a chuva negra
Atravessar a ponte
Que separa a tristeza
Da ilusão que ficou na fonte

Deixei de ouvir
O canto da vida
Que ficou espalhado na terra
Almas perdidas
No limiar da lembrança
Da vida esquecida

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ao Fluffy (falecido hoje, 7 de maio de 2010) José Feldman



Meu amigo!
Você se vai e
nem bem nos despedimos
eu já sinto saudades de você,
Dez anos juntos,
e preenchestes
um espaço em meu coração.
Hoje destes seu ultimo suspiro
e sinto meu coração se desmanchando
A sua amizade incondicional
que sempre me devotou
E que eu só muito tarde
aprendi a retribuir.
Tantas vezes ralhei contigo
e alterei a voz
mas mesmo assim
tinhas sempre um olhar
amigo e de gratidão.
A sua voz era uma alegria
e hoje, só consigo ouvir o silencio.
Nunca tinha percebido que a noite
é tão escura
e tão quieta
e tão triste.
Quando destes seu último suspiro
é que percebi o que você é:
Um novo amanhecer!
Vencestes bravamente a parvovirose,
Sofrestes nestas últimas semanas
mas eras um guerreiro,
e mesmo a morte lhe levando,
és o grande vencedor.
Para mim é e sempre será
Eterno e imortal, meu amigo.
E, além de meu amor por você,
só me resta pedir seu perdão
por ser “tão” humano,
e do fundo de meu coração
“muito obrigado pela sua amizade”.



domingo, 1 de agosto de 2010

Quem dera...


Ah, alma, pode ser que você chegue às margens do pior
antes de ser libertada e, em uma síncope não voltes mais,
... Quem dera dominar o tempo e as estações!
contar meus dias, mudar de pele, dominar minhas emoções.

Quem dera poder voltar atrás, fazer outras escolhas, consertar
meus erros, eu escolheria não amar mais. Não é o amor que me
assusta e, sim, as conseqüências  do amar desesperadamente...
Um amor plenamente possível morre, inconseqüentemente.

Não posso dizer que haja chance, ou que a vida faz sentido,
pois o fardo do sofrimento parece uma pedra pendurada
em meu pescoço, é ela que faz o peso necessário para conservar
no fundo o meu querer...talvez assim nunca mais me faça sofrer. 

Na tempestade vi o quanto era frágil minha embarcação,
observei a Águia quando rasgava as alturas e não se inquietava
a respeito de atravessar o rio, enquanto que, o só  imaginar, dentro
de mim desfalece o coração... Esvazio-me nesta triste e fria canção.

Descubro que nada é em vão, mas que tudo é propicio a mim,
o sofrimento me põe à parte na vida como um decreto de morte,
ausente de tudo que me faz bem, abatida, me entrego resignada,
esperando as palavras certas para, enfim, ser libertada.